Um dos nossos temas de pesquisa também é as doenças relacionadas com o sono. Visto que ainda não publicámos muitas notícias sobre este assunto, decidi partilhar alguma informação. Vou apresentar as principais e mais conhecidas doenças que se relacionam com o sono assim como o tratamento das mesmas.
"Perturbações mais frequentes do Sono:
Insónia: é a perturbação mais frequente do sono, sendo sentida por praticamente todas as pessoas nalguma fase da vida. É muitas vezes devida a stress, depressão e fármacos, mais remotamente a lesões do hipotálamo ou do tronco cerebral.
Roncopatia: o ressonar é o ruído provocado pela passagem do ar nas vias respiratórias obstruídas, durante o sono. As causas mais frequentes relacionam-se com um excessivo desenvolvimento da úvula (“campainha”) e do véu do palato, bem como com a obesidade. Trata-se de uma situação que pode atingir cerca de 30% da população adulta, sobretudo do sexo masculino e a partir dos 40 anos. Na grande maioria dos casos, o ressonar apresenta-se isolado, tornando-se uma causa de incómodo pessoal e familiar. No entanto, em cerca de 5% dos doentes este pode associar-se a pausas respiratórias durante o sono, constituindo um sintoma de apneia do sono.
Apneia do Sono: é uma situação que se caracteriza por pausas periódicas e frequentes da respiração durante o sono (superiores a 10 segundos), ressonar intenso, dores de cabeça matinais, sonolência diurna excessiva, hipertensão arterial, irritabilidade e perda de interesse sexual. Estas alterações provocam uma fragmentação do sono durante a noite, diminuindo a sua qualidade. Existem dois tipos de apneia. A apneia obstrutiva, que se relaciona com a obstrução à circulação do ar nas vias respiratórias, e a apneia central, na qual se dá uma redução do estímulo cerebral que controla a respiração.
Narcolepsia/Cataplexia: caracterizada por sonolência diurna excessiva, quedas por adormecimento brusco, alucinações hipnagógicas e paralisia do sono.
Tratamento das perturbações do Sono:
O tratamento dos diferentes distúrbios do sono tem que ser equacionado em função de cada doente, da situação clínica e da envolvência familiar e profissional, após uma completa avaliação. Às medidas gerais, como sejam a redução do peso excessivo e a modificação de determinados hábitos (alimentares e de sono, por exemplo), seguem-se medidas terapêuticas específicas. Estas podem incluir medicamentos (na insónia e narcolepsia), ventilação não invasiva (na apneia do sono) e abordagens cirúrgicas (do foro de otorrinolaringologia, cirurgia maxilo-facial e estomatologia)."
Isabel Vieira
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